Bombeiros de Vila Verde

DSC00273

I Ser e Ter

As contas da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Vila Verde de 2013, aprovadas em Assembleia Geral de sócios realizada no dia 31 de Março próximo passado, apresentam-se equilibradas por uma gestão que cuida o quotidiano da Casa numa perspetiva integrada, onde o serviço de ambulâncias se mostra de importância seminal para que o de socorro se possa fazer com meios humanos e materiais eficazes, tidas, claro está, as naturais intermitências que um serviço voluntário por vezes tem. Registe-se, a título exemplificativo do que atrás ficou dito, que o ano de 2013 conheceu um aumento de 70% no que ao transportes de doentes concerne, o que, de per si e olhado o montante global de 30 mil euros que por esta via entraram mensalmente nos cofres da Associação, diz bem da dimensão desta área de serviços da instituição e do trabalho que aí é desenvolvido, sobretudo, pelos profissionais da Corporação, e, também, pelos voluntários, a que se junta a organização estrutural que o Comando soube erguer para que as coisas corressem deste modo. Muito do que a Associação é deve-se, inquestionavelmente, ao seu serviço de transporte de doentes e às consequentes receitas que daí saem. Em boa verdade, não são as receitas correntes – INEM e ANPC – o que sustenta o essencial da vida da Associação. Muito menos o é o parco subsídio de pouco mais de 33 mil euros que a Câmara Municipal consigna há muitos anos aos bombeiros, que, diga-se, também não pagam energia e água. Aliás, se se mantivesse uma conta corrente entre o que a Câmara dá aos bombeiros e o que deles recebe de serviços prestados, talvez os números se equilibrassem a tal ponto de se tornar quase risível o que de saldo eventualmente ficará para os nossos bombeiros. Claro, que nesta apreciação da relação Câmara-Bombeiros não está contabilizado o subsídio de 100 mil euros que no ano transato foi atribuído por unanimidade à Associação por ocasião da passagem do seu Centenário, e porque foi ano de eleições autárquicas e, por isso, tempo das acostumadas e súbitas predisposições do poder para adocicar a sua ação junto do eleitorado que o vai julgar. Desenganem-se os que pensam que os Bombeiros, de Vila Verde ou de outro lugar qualquer, poderão dar-se ao luxo de manter um corpo de mulheres e homens sempre aprontado só para operações de socorro. O voluntariado é generoso, mas não ao ponto de aquartelar em permanência. E manter profissionais só para essa função é economicamente impossível. Os Bombeiros de Vila Verde são como são e têm o que, por isso, podem ter. Doutra forma, não sobrevivem. Trabalho e socorro têm que coexistir para que ao segundo nunca falte o que só o primeiro lhe pode dar por inteiro.

II Crescer para melhor servir

Encontra-se em fase de conclusão o novo bloco que tem estado a ser erguido junto do quartel-sede, vindo este acréscimo das instalações colmatar duas necessidades prementes com que o a Associação se debatia há algum tempo: alargar o espaço de parqueamento do seu vasto e valioso conjunto de viaturas (perto de três dezenas) e aquartelar condignamente o grupo de bombeiras que presta serviço assalariado e voluntário na Corporação. Foto Com este equipamento, a organização do Corpo de Bombeiros e o acondicionamento organizado e com espaço das viaturas de socorro, transporte e logística, ficam, indubitavelmente, substancialmente melhorados. Os vilaverdenses agradecem o cuidado continuado que a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários do concelho põe na criação de condições que garantam eficácia e qualidade ao serviço que os nossos soldados da paz prestam a pessoas e bens.

Deixe um comentário